Departamentos da Secretaria de Saúde debateram o assunto. OMS declarou infecção como estado de emergência global
Os departamentos da Secretaria de Saúde de Ribeirão Pires se reuniram nesta terça-feira, dia 26, para alinhar os fluxos e os protocolos de procedimentos para monitoramento de casos suspeitos de Monkeypox (Varíola do Macaco). A cidade ainda não registrou nenhuma ocorrência. A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou, no último sábado (23), a infecção como “emergência de saúde global”.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, para o caso ser definido como suspeito, haverá a análise de diversos parâmetros, entre eles: O histórico de contato íntimo com desconhecidos ou parceiros casuais, nos últimos 21 dias que antecederam o início de sinais e sintomas (já que a infecção também é considerada uma IST); vínculo epidemiológico – histórico de contato com casos confirmados de monkeypox desde 15 de março; histórico de viagem a país ou região endêmica ou contatos de pessoas com histórico de viagens também a país endêmico, dentro dos 21 dias que antecederam o início de sinais e sintomas.
Após a análise de todos esses parâmetros, o caso só será confirmado como suspeito se a pessoa apresentar início súbito de alterações na cor e textura da pele (erupção cutânea) aguda sugestiva de monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo incluindo a região genital, associada ou não ao crescimento dos linfonodos ou relato de febre. O indivíduo que atender a definição de caso suspeito, será submetido a exames laboratoriais para determinar o diagnóstico da varíola do macaco.
Para a biomédica da vigilância epidemiológica, Carol Stanghini, a maior dificuldade hoje é a semelhança da Monkeypox com outras infecções. “Os sinais e sintomas se parecem muito com a sífilis secundária, herpes zóster, espinhas e outras varíolas. Por isso, é necessário fazermos essa análise criteriosa para classificar como caso suspeito de fato”, detalhou.